domingo, 20 de janeiro de 2013

Educação e Criação Artística – Processos integrados


(texto con traducción para el castellano)





Autora: Rose Mara Silva[1]
Estou postando os textos há um tempo, e creio que em alguns momentos não seja claro que atividades exatamente desenvolvi nesse processo de residência. Então vamos lá! Fiz parte do Programa de Apoyo a la Investigación y Educación Artistica con Niñ@s, no qual trabalhei dança e criação com as crianças da Turma da Professora Guille criando uma obra cênica em conjunto com essas crianças, e paralelamente fiz parte do Programa Cuerpos en Residencia no qual desenvolvi meu trabalho artístico individual intitulado Eros e Ananke, ou seja, estive envolvida em dois processos criativos ao mesmo tempo.
Desenvolver estes dois processos ao mesmo tempo foi um pouco difícil e pode parecer ter sido uma prática contraditória, mas não foi. Trata-se de uma experiência muito rica para quem atua na área de arte-educação e criação paralelamente, característica de muitos artistas da dança no Brasil. No Brasil a minha titulação de graduação não é de arte-educadora da dança, mas de interprete-criadora em dança, no entanto, essa separação do título só é evidente na legislação brasileira, e quando se vai para outros lugares o que vale é a prática educativa. Eu tenho trabalhado com arte-educação em dança desde 2005, tempo que estagiava na Escola Livre de Dança de Santo André, ali iniciei minha trajetória, e desde então fui buscando, investigando, aprendendo e aprimorando meus conhecimentos através da prática, ou seja, durante todo esse tempo desenvolvi uma experiência reflexiva (sim, porque a experiência necessita ser validada através da reflexão para tornar-se fonte de conhecimento), e através da mesma uma habilidade, uma solidez de prática educativa, que a titulação da Licenciatura não me daria em quatro anos divididos em algumas matérias pelo curso.
Eros e Ananke é um trabalho que foi construído tendo como base o que eu vivi dando aulas nas periferias de Curitiba, a convivência com meus alunos me trouxeram as inquietações motivadoras desse processo de criação. E quando neste projeto do qual participei aqui em Amanalco me propus a criar uma obra artística em conjunto com os alunos, creio que busquei a síntese dessa reflexão iniciada lá nas aulas dadas em Curitiba, nesse processo integrei as duas atividades a educativa e a criativa.
Construir um trabalho artístico com as crianças foi parte fundamental do meu projeto, pensei muito quando coloquei essa proposta, pois vivemos em tempos de uma certa obsessão com o “processo” principalmente em arte-educação. No entanto, faz algum tempo que venho pensando sobre as construções como parte do processo educativo, tanto para as crianças e adolescentes com quem tenho trabalhado, quanto em meu próprio caminho de formação profissional na graduação em Dança.
Tal afirmação encontra base reflexiva nas idéias presentes num artigo de Olgária Matos que alia o conceito de ‘construção e criação ’ ligado a idéia de ‘ser’  presente em Heidegger:
Na senda grega, Heidegger, em Construir, habitar, pensar, mostra como a linguagem guardou parte do sentido de pertencer e enraizar-se: o verbo bauen – “construir” – significou, em sua forma no antigo alemão (beo), habitar, sendo da mesma família de bin (sou): “O que significa, pois, ich bin? A antiga palavra à qual se vincula bin, responde: ‘eu sou’, quer dizer ‘eu habito’” (Heidegger, 1958, p. 173). (apud, Matos, 2008, p. 75)

Assim, concordando com Matos a idéia de construir está intimamente ligada a idéia de ser. Em outro ponto do texto coloca:

Paul Valéry, em Eupalinos ou o arquiteto, encena, à maneira de Platão, um diálogo entre Sócrates e Fedro, dizendo ser o construir o mais completo de todos os atos, pois exige amor, meditação, obediência ao mais belo pensamento, “invenções de leis pela própria alma”. Eupalinos, em um passado distante, ensinara-o a Fedro, ao indicar como a construção se impregna de experiência pessoal e emoções [...] Esta reflexão oferece a unidade entre construção, religião, filosofia e vida.  (Matos, 2008, p. 75)

Neste sentido minha prática concorda com a idéia de que a criação compõe o processo educativo, tanto no sentido mais estrito escolar, quanto no num sentido mais amplo como o de pensar a educação como desenvolvimento humano. Assim, propor a construção de um trabalho artístico a partir de um processo de investigação de linguagem, nos coloca ante as idéias de processos educativos e criativos de forma mais profunda, como algo que constrói a estrutura do ser humano. Logo, vivenciar a construção e apresentação de um trabalho artístico é parte também muito importante do processo educativo/formativo pois coloca o sujeito ante o exercício máximo de suas potencialidades criativas, e da noção de que ao construir algo o ser humano se constrói, ou seja, se constrói em ação, em movimento.

Certamente essa atividade não poder ser opressiva, há que se buscar idéia de trabalhar com responsabilidade não com peso, principalmente com as crianças. O que faz uma grande diferença é que muitas vezes esses processos de construir acabam sendo muito opressivos e vistos como o mais importante, no entanto, há que se pensar a criação como uma parte reflexa do que se vivenciou, e que é tão importante quanto todo o processo.

Sendo assim, tanto o meu trabalho criativo solo Eros e Ananke, quanto o trabalho Sueño desenvolvido com as crianças de Amanalco, foram fundamentados no conceito de criação como parte da construção do ser, nesse ponto minha prática de artista criadora e de arte-educadora se encontram, se complementam e se fortalecem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MATOS, O. C. F. Ethos e amizade: a morada do homem. São Paulo: 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v31n46/v31n46a13.pdf>


[1] Bailarina e arte-educadora brasileira, graduada em Dança pela Universidade de Artes do Paraná – UNESPAR.





EDUCACIÓN Y CREACIÓN - PROCESOS INTEGRADOS




Rose Mara da Silva[1]

Resumen: Este artículo es un relato reflexivo de mi experiencia en el Programa de Apoyo a la Investigación y Educación Artística con Niñ@ s, en el que la danza y la creación trabajado con los alumnos de la Maestra Guille  en la Escuela Primaria de Amanalco de Becerra, la creación de un trabajo escénico junto con estos niños, y en paralelo, la experiencia en el Programa Cuerpos en Residencia donde desarrollé mi obra creativa intitulada Eros y Ananké, es decir, este texto es una síntesis en la que se reúnen los dos procesos desarrollados.

...
El desarrollo de estos dos procesos al mismo tiempo fue un poco difícil y puede parecer que ha sido una práctica contradictoria, pero al hacer una análisis más profunda del camino trillado podemos llegar a otra conclusión. Esta es una experiencia muy rica para aquellos que trabajan en el campo de la educación artística y la creación paralelamente, característica de muchos artistas de danza en Brasil. En Brasil mi titulación de graduación no es de arte-educadora en danza, soy intitulada interprete creativa en danza, sin embargo, esta separación es sólo evidente en la legislación brasileña, y cuando vas a otros lugares lo que se hace evidente es la práctica educativa. He trabajado con la educación artística en danza desde el año 2005, el tiempo en que fui de aprendiz  en la Escuela Libre Danza de Santo André, allí comenzó mi carrera, y desde entonces yo estuve buscando, investigando, aprendiendo y perfeccionando mis habilidades a través de la práctica, es decir, durante todo este tiempo he desarrollado una experiencia reflexiva (sí, ya que la experiencia necesita ser validada a través de la reflexión para convertirse en una fuente de conocimiento), y a través de ella una habilidad, una práctica educativa solida, la cual la titulación que llamamos ‘licenciatura’ en Brasil no me daría en cuatro años dividido por el curso en algunos temas.
Eros y Ananké es un trabajo que se construyó sobre la base de las experiencias que he vivido dando clases de danza en la periferia de Curitiba (Paraná – Brasil), la convivencia con mis alumnos me he traedo las preocupaciones que motivaran su proceso de creación. Y cuando en esto proyecto en que he participado en Amanalcoí, me propuse crear una obra de arte junto con los alumnos, creo que he intentado la síntesis de las discusiones iniciadas allí en las clases enseñadas en Curitiba, buscando un proceso que integrase tanto las actividades educativas cuantos las actividades creativas.
Crear una obra de arte con los niños era parte fundamental de mi proyecto, he pensado mucho cuando idealicé esta propuesta porque vivimos en tiempos de una cierta obsesión con "el proceso" sobre todo en la educación artística. Sin embargo, desde hace algún tiempo he estado pensando en la creación como parte del proceso educativo, tanto para niños y adolescentes con los que he trabajado, como en mi propia trayectoria de formación del grado en danza.
Esta afirmación se basa en las ideas presentadas en un artículo de  Olgária Matos que combina el concepto de "construcción y creación" con la idea de "ser" en Heidegger:

En la senda griega, Heidegger, en Construir, habitar, pensar, muestra cómo el lenguaje mantiene parte del sentido de pertenencia y raíces: el verbo bauen – “construir” - significó, en su forma antigua en Alemán (beo), habitar, vivir, estando en la misma familia de bin (soy). "¿Qué significa, entonces, ich bin? La palabra antigua que une bin, contesta: “yo soy”, es decir Yo habito”. (Heidegger, 1958, p. 173). (Apud, Matos, 2008, p. 75)

Así, de acuerdo con Matos, la idea de construir se encuentra estrechamente ligada a la idea del ser. En otro punto del texto:

Paul Valéry, en Eupalinos o el arquitecto, organizado a la manera de Platón, el diálogo entre Sócrates y Fedro, que dice ser la construcción el más completo de todos los actos, pues requiere el amor, la meditación, la obediencia a la idea más bonita, "invenciones de leyes para su propia alma”. Eupalinos, en un pasado distante, le enseñó a Fedro, al indicar cómo la construcción está impregnada de la experiencia personal y las emociones [...] Esta reflexión proporciona la unidad entre la construcción, la religión, la filosofía y la vida. (Matos, 2008, p. 75)

En este sentido, mi práctica concuerda con la idea de que la creación compone el proceso educativo, tanto en un sentido más estricto escolar, cuanto en un sentido más amplio, como el de pensar la educación como el desarrollo humano.
Por lo tanto, proponer la construcción de una obra de arte a partir de una investigación del lenguaje artístico, nos pone frente a las ideas de los procesos creativos y educativos más profundamente, como caminos que construyen la estructura del ser humano.
Así, la experiencia de la construcción y la presentación de una obra artística es también parte muy importante del proceso educativo / formativo, pues pone a la persona ante el ejercicio máximo su potencial creativo, y ante a la idea de que para construir algo el ser humanos se construye, o es decir, que construye en la acción, en el movimiento, en la transformación de si mismo.
Ciertamente, esta actividad no puede ser opresiva, debemos buscar la idea de trabajar de manera responsable, sin peso, especialmente con los niños. Lo que hace una gran diferencia, es que muchas veces estos procesos construcción terminan siendo como muy opresivo y visto como lo más importante el producto final, sin embargo, debemos considerar la creación como parte del reflejo que de la experiencia que se vive, y que es tan importante cuanto todo el proceso.
Así que tanto mi trabajo creativo Eros y Ananké, cuanto el trabajo desarrollado Sueño con los niños Amanalco, se basaban en el concepto de la creación como parte de la construcción del ser, en este punto de mis prácticas creativa y educativa en arte, son complementares y se fortalecen cómo procesos integrados.



REFERENCIAS:

MATOS, O. C. F. Ethos e amizade: a morada do homem. São Paulo: 2008. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ide/v31n46/v31n46a13.pdf>


[1] Bailarina y arte-educadora, con grado en danza por la Universidad de Artes del Paraná – Unespar (Brasil). Artista residente en La Granja Centro de Arte en 2012.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PEQUENA CONVERSA COM A PROFESSORA GUILLE
(texto con traducción para el castellano)


Nome: Guillermina Rebollar Sánchez
Idade: 50 anos
Formação: Professora de Educação Primária


Rose: Há quantos anos a Sra. trabalha nesta escola?
Guille: Há 25 anos.

R: Quais os pontos positivos e negativos e a Sra. encontra nesta escola?
G: PONTOS POSITIVOS: 
  • Sou uma professora que amo meu trabalho, o realizo com alegria e de maneira comprometida;
  • Nesta escola trabalhamos em colaboração com pais de família, docentes e alunos; Imperando a disposição, colaboração e boa harmonia;
  • O diretor da escola, Professor Luciano Vilchis é uma pessoa com muita experiência e capacidade para desempenhar seu trabalho, apoiando sempre os projetos e as inovações de trabalho.


PONTOS NEGATIVOS:
  •  A escola não conta com a tecnologia atual que o trabalho com as novas gerações requer.
  •  A maioria dos alunos vem de comunidades rurais e retiradas, e por isso não dispõem de tempo suficiente para realizar as atividades e necessitam fazer um esforço maior para aprender.

R: Como a Sra. vê a impostancia da arte na educação escolar?
G: É importante que as crianças pratiquem a arte para desnvolver suas capacidades e habilidades, e assim poderem se desenvolver integralmente dentro do seu entorno social.


R: Qual é a motivação que a Sra. encontra para ceder uma parte do tempo de suas aulas para que os artistas trabalhem com as crianças?
G: Os alunos se motivam quando conhecem gente de outros lugares, porque trazem outra forma de trabalhar os conteúdos programáticos e lhes chama muito a atenção a diversidade na maneira de falar e de vestir.

R: A Sra. tem percebido alguma diferença nas crianças depois que começaram a participar das aulas com os artistas? Quais?
G: Temos percebido que as diferentes atividades se realizam satisfatoriamente a medidas que criamos nossas próprias regras e as respeitamos. As crianças se sentem mais comprometidas com seus trabalhos escolares, mostrando uma compreensão maior dos conteúdos aplicados para o desenvolvimento contínuo da sua aprendizagem.
Os alunos estão mais independentes, mais expressivos, desinibidos. Mostram interesse maior nos trabalhos escolares e são mais organizados e atentos às aulas.

R: Que conselho a Sra. deixaria para os professores em relação à importância do trabalho criativo para as crianças?
G: Que permitam aos alunos ser livres e expressivos, não restringindo-os demasiadamente, pelo contrário, que apoiem suas potencialidades, habilidades, destrezas e conhecimentos.

R: A educação na América Latina sempre foi um problema. Que mudanças a Sra. acredita que sejam necessárias para que as escolas melhorem?
G: Criar na família a consciência de que a escola não é responsabilidade unicamente dos professores, que também é muito importante a participação dos pais das crianças na formação dos seus filhos.
O tempo da jornada escolar não é suficiente para trabalhar os conteúdos de uma boa formação cidadã; portanto sugiro que se amplie o horário escolar com devida remuneração econômica dos professores.



PEQUEÑA PLATICA CON LA MAESTRA GUILLE



Nombre: Guillermina Rebollar Sánchez
Edad: 50 años
Formación: Profra.  de Educación Primaria


R: Desde hace cuantos años usted trabaja en esta escuela?
G: Hace  25 años.

R: Cuáles los puntos positivos y negativos que usted encuentra en esa escuela?
G: PUNTOS  POSITIVOS:
  • Soy una Profra. que le gusta  su trabajo y lo hace con alegría y de manera comprometida;
  • En esta escuela trabajamos en colaboración con padres familia, docentes y alumnos; imperando la disposición, colaboración y la buena armonía;  
  •  El director de la escuela, Profr. Luciano Vilchis Vilchis es una persona con mucha experiencia y capacidad para desempeñar su trabajo, apoyando siempre a los proyectos y a las innovaciones de trabajo.

PUNTOS NEGATIVOS:
  • La escuela no cuenta con la tecnología actual para el trabajo que requieren las nuevas generaciones;
  • La mayoría del alumnado viene de comunidades rurales y retiradas; por lo que no disponen del tiempo suficiente para llevar a cabo las actividades y tienen que hacer su mayor esfuerzo para aprender.                                           

R: Que tal la importancia de la arte en la educación escolar? 
G: Es importante que los niños practiquen el arte para desarrollar sus capacidades y habilidades y así poderse desarrollar integralmente dentro de su entorno social.


R: Quales las motivaciones para ceder una parte del tiempo de sus clases para que los artistas trabajen con los niños?
G: Los alumnos se motivan cuando conocen gente de otra parte, porque traen otra forma de trabajar los contenidos programáticos y les llama mucho la atención su manera de hablar y de vestir.

R: Usted tiene percibido alguna diferencia en los niños después que comienzan a participar de las clases con los artistas? Quales?
G: Hemos aprendido que las diferentes actividades se hacen bien respetando las reglas que nosotros mismos hemos implementado. Los niños se sienten más comprometidos con sus trabajos escolares, mostrando mayor comprensión en las indicaciones que se dan para el desarrollo de su aprendizaje contínuo.
Los alumnos se han vuelto más independientes, más expresivos, inhibidos. Muestran mayor interés en los trabajos escolares y son más organizados y atentos a las clases.


R: Que consejo usted puede dejar para los maestros en relación a importância del trabajo creativo para los niños?
G: Que permitan a los alumnos ser libres y expresivos, no coartar sus derechos, por el contrario, apoyarlos a que desarrollen sus potencialidades, habilidades, destrezas y conocimientos.


R: La educación en América Latina ha sido siempre un problema. Que cambios usted cre que sean necesarios para que las escuelas mejoren?
G: Crear en los padres de familia la conciencia de que la escuela no es responsabilidad únicamente de los maestros, sino que es muy importante también la participación de los padres de familia en la formación de sus hijos, inculcando valores y predicarlos con el ejemplo.
El tiempo que se ofrece a la jornada laboral no es suficiente para trabajar los contenidos de una buena formación ciudadana; por lo tanto sugiero que se amplié el horario laborable con la debida remuneración económica de los maestros.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Primeira semana de trabalho com as crianças
(al final, traducción del texto para el castellano)




O Projeto Eros y Ananke - Bailando en las sombras estava composto de exploração dos movimentos do corpo através de jogos de dança, descoberta do trabalho com a sombra, concepção do espaço tridimensional e unidimensional, e finalização do processo com um trabalho artístico para ser apresentado publicamente, criado em conjunto com as crianças com cenas  elaboradas a partir de sua experiência. Por ser um trabalho complexo, propus em meu projeto que se misturassem crianças de 7 a 11 anos, pois assim, o processo se daria em colaboração dos maiores ajudando os menores a entender a abstração da imagem da sombra. Trabalhar com sombra é algo bastante complexo e exige que o sujeito conceba a imagem em duas dimensões ao mesmo tempo (horizontal e vertical), esse trabalho em dança é ainda mais difícil, principalmente se a idéia está em envolver todo o corpo e não somente partes.
As crianças do Proyecto Chamaco, são crianças que estudam na única escola primária de Amanalco de Becerra e se faz pela parceria de La Granja Centro de Artes com duas professoras da escola que cedem tempo de suas aulas curriculares para que as crianças tenham aulas com artistas residentes em La Granja (todos os artistas residentes têm necessariamente que aplicar pelo menos uma sessão com as crianças do Proyecto Chamaco). Assim, são crianças que passam por diversas experiências artísticas, e estão tendo uma construção de personalidade muito rica através da arte. Eu trabalhei com as crianças da tarde turma da professora Guille, que contribuiu com o processo de forma espetacular, essa mulher  me surpreendeu muito pela maneira como é comprometida com o ato de educar e como compreende  a educação como algo que está além dos muros da escola. Pouquíssimos profissionais da rede pública possuem esta consciência.

Foi um susto para mim saber que teria 6 dias para fazer um trabalho que eu tinha planejado para um mês,  já sabia que seriam menos dias , mas não tinha idéia de que seriam apenas 6 dias e somente com crianças de 8 anos. Então fiz novamente todo o meu planejamento, buscando criar um caminho para que a experiência fosse interessante para mim e para eles, preservando parte das idéias iniciais, sem tornar o trabalho apenas uma montagem no qual eu desse todas as idéias prontas para as crianças e elas apenas executassem meus comandos.

No primeiro dia trabalhamos com jogos de reconhecimento do espaço externo e também corporal, frente, trás e lados, principalmente, pois sem essa consciência seria impossível realizar qualquer coisa, no entanto, pensei também que seria um teste  para ver se eu realmente poderia me arriscar em usar uma semana para aplicar exercícios de reconhecimento do trabalho e na outra juntar o material obtido e fazer a construção cênica. Dividi a aula em dois momentos um de aquecimento e reconhecimento do corpo, e outro de trabalho com as sombras. As crianças me surpreenderam muito, pois estavam muito dispostas, muito interessadas, se encantaram com o trabalho e suportaram trabalhar durante duas horas sem perder a atenção, um verdadeiro recorde para crianças de 8 anos. Tiveram uma tarefa de casa, trazer um objeto formado pela sombra do corpo, que me trouxeram lindamente na segunda aula.

Na segunda aula fizemos a mesma dinâmica: jogos de reconhecimento do corpo, mais trabalho com sombras ao final. Lhes propus trabalhar com movimentos levemente codificados para reconhecer como eles me observavam, sem corrigir as posturas e simplesmente tentar entender como concebiam a construção de imagens observadas nos corpo, pois assim eu ia encontrar melhores propostas para que eles me gerassem imagens interessantes.  Então lhes mostrei os movimentos, obviamente lhes dei as informações verbais sobre a execução dos movimentos dizendo de onde partiam, e me pus a observa-los. Depois me detive num movimento mais complexo que era o da “Garça” para ajuda-los a encontrar uma maneira mais fácil de observar o movimento e de pensa-lo no próprio corpo. A execução das tarefas demostravam que o entendimento das dimensões do espaço usadas para produzir sombra seria um pouco mais difícil de alcançar, então comecei a me preocupar, pois realmente era um nível de exigência muito grande querer que as crianças tivessem um entendimento instantâneo de algo tão complexo... Outra tarefa de casa, representar as letras dos nomes com o corpo.

No terceiro dia, levei vídeos de trabalhos de dança com sombras e de trabalhos que mostravam outras formas de ver o movimento dançado (uma dança feita de tecidos – pois, parte do trabalho se faria a partir de movimentos de objetos), para que pudesse acionar neles a questão do espaço e uma outra concepção de movimento em que a dança acontecesse também nos nossos olhos, na forma como vemos o movimento. Repeti alguns dos exercícios da aula anterior como aquecimento,  e já partimos para o trabalho com a sombra, então no trabalho com as letras se clarificou as noções de espaço, assim a idéia ganhava terreno para ser trabalhada e então poderíamos tirar daí o produto a ser apresentado.

Essa semana foi intensa, e me arrisquei deixando o trabalho mais solto para que as crianças pudessem experimentar seu corpo e tivessem o prazer da descoberta do trabalho com a sombra, sem isso meu trabalho seria inútil. Fiquei bem feliz com a fluência das nossas atividades, e mais feliz ainda por ter conseguido organizar  as experiências de forma mais objetivas (no lugar de ver o vídeo dos tecidos minha idéia era leva-los para observarmos as nuvens e os diferentes movimentos que elas fazem no seu percurso pelo céu, uma dança lenta e linda) e ter obtido uma resposta muito satisfatória por parte das crianças. Me preocupou inicialmente o fato de  ter tão pouco tempo, tinha medo de que a rapidez negligenciasse a experiência, afortunadamente isso não ocorreu.
Primera semana de trabajo com los niños


El Proyecto Eros y Ananke – Bailando en las sombras estaba compuesto de exploración de los movimientos del cuerpo mediante juegos de danza, descubierta del trabajo con la sombra, concepción del espacio tridimensional y unidimensional, y finalización del proceso con un trabajo artístico para ser presentado al público, creado en conjunto con los niños con escenas construidas a través de sus experiencias. Por ser un trabajo complejo, en mi proyecto yo hice la propuesta de mezclar niños de 7 a 11 años, pues así, el proceso acontecería en colaboración de los más grandes ayudando los más pequeños a comprender la abstracción de la imagen de la sombra. Trabajar con sombras es algo mucho complejo y exige que el sujeto conciba la imagen en dos dimensiones al mismo tiempo (horizontal y vertical), ese trabajo en danza es todavía más complejo, principalmente se la idea está en envolver todo el cuerpo y no solamente partes.
Los niños del Proyecto Chamaco, son niños que estudian el la única escuela primaria de Amanalco de Becerra y se hace por la alianza de La Granja Centro de Arte con dos maestras de la escuela, que ofrecen tiempo de sus clases oficiales para que los niños tengan clases con los artistas residentes en La Granja (todos los artistas residentes tienen que aplicar por lo menos una sesión con los niños del Proyecto Chamaco). Así, son niños que viven muchas experiencias artísticas, y están teniendo una construcción de personalidad mucho preciosa a través de la arte. Yo trabajé con los niños de la Maestra Guille, que contribuyó con el proceso de forma espectacular, esa mujer me sorprendió mucho por la manera como es comprometida con el acto de educar y como comprende la educación como algo que está más allá de los muros de la escuela.
Me quedé asombrada al saber que iba tener 6 días para hacer un trabajo que yo tenía planeado para un mes, ya sabia que iban a ser menos días, pero non tenía la idea que iban a ser solamente 6 días y solamente con niños de 8 anos. Entonces ice nuevamente todo el mío planeamiento, buscando crear un camino para que la experiencia fuese interesante para mi e para ellos, preservando parte de las ideas iniciales, sin tornar el trabajo solamente una montaje donde yo dese todas las ideas listas para los niños y ellos únicamente ejecutasen mis comandos.
En el primer día trabajamos con juegos de reconocimiento del espacio externo y también corporal, frente, espalda y lados, principalmente, pues sin esa conciencia iba ser imposible realizar cualquier cosa, sin embargo, pensé también que seria un teste para ver se yo realmente iba poder ariscarme en usar una semana para aplicar los ejercicios de reconocimiento del trabajo y en la otra juntar el material obtenido y hacer la construcción escénica. Repartí la clase en dos momentos uno de acaloramiento y reconocimiento del cuerpo, y otro de trabajo con las sombra. Los niños me sorprenderán mucho, pues estaban muy dispuestos, muy interesados, se encantaron con el trabajo y suportaron trabajar durante dos horas sin perder la atención, un verdadero récord para niños de 8 años. Tuvieron una tarea de caza, traer un objeto formado por la sombra del cuerpo, que traerán bellamente en la segunda clase.
En la según clase hicimos la misma dinámica: juegos de reconocimiento del cuerpo, más trabajo  con sombras al final. Les plateé la idea de trabajar con movimientos ligeramente codificados para reconocer cómo ellos observaban me, sin hacer correcciones posturales y simplemente intentando como concebían la construcción de imágenes observadas en su proprio cuerpo, pues así yo iba encontrar formas mas eficientes de proponerlos la generación de imágenes más interesantes. Entonces, yo les enseñé los movimientos, obviamente les done informaciones verbales sobre la ejecución del movimiento diciéndoles  donde partían, y me quedé a obsérvalos. Después me detuve en un movimiento más complejo, el de la “Garza” para ayudarlos a encontrar maneras más fáciles de observar el movimiento y de pensarlo en su proprio cuerpo. La ejecución de las tareas demostraba que la comprensión de las dimensiones del espacio utilizadas para producir sombra iba ser un poco más difícil de alcanzar, entonces comencé a preocuparme, pues era realmente un nivel de exigencia muy grande querer que los niños tuviesen una comprensión instantánea de algo tan complejo… Otra tarea de caza, representar las letras de sus nombres con sus cuerpos.
En el tercer día, llevé videos de trabajos de danzas en sombras y de trabajos de danza que mostraban otras formas de ver el movimiento danzado (una danza hecha de telas – pues, parte del trabajo se iba hacer a través de movimientos de objetos), para que yo pudiese les provocar la cuestión del espacio y otra forma de concepción de movimientos donde la danza se haría también en nuestros ojos, en la forma cómo vemos el movimiento. Repeti algunos ejercicios de la clase anterior cómo calentamiento, y ya partimos para el trabajo con la sombra, entonces  en el trabajo con las letras se clarificó  las nociones de espacio, así la idea ganaba espacio para ser trabajada y entonces podríamos tomar de ahí el producto que iba ser presentado.
Esa semana fue intensa, y me arriesgué dejando el trabajo más suelto para que los niños pudiesen experimentar su cuerpo, y tuviesen el placer de la descubierta del trabajo con la sombra, sin eso mi trabajo seria inútil. Fijé bien feliz con la fluencia de nuestras actividades, y más feliz todavía por tener logrado organizar las experiencias  de forma más objetiva (en lugar de ver los videos de  las telas mi idea eran llevarlos para observar las nubes y los diferentes movimientos que ellas hacen en su trayecto por el cielo, una danza lenta y bellísima) y ter obtenido una respuesta muy satisfactoria por parte de los niños. Me preocupó inicialmente el facto de tener tan poco tiempo, tenía miedo de que la rapidez del proceso resultase en la negligencia de la experiencia, afortunadamente eso no ocurrió.
Algunos de los videos utilizados: